O livro dos Abraços


Olá! Tudo bem?! Não era isso que pretendia postar hoje, mas terminei de ler hoje, e achei que ele merecia.

Esse é um dos livros do jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano, nascido em Montevidéu. Em 1973, com o golpe militar do Uruguai, Galeano é preso forçado a se exilar na Argentina, depois de um tempo exila-se na Espanha, retornando a sua terra natal em 1985.

Este livro contém uma coleção de historias curtas memórias do autor em relação a diversões temas como política, emoções, valores e sensações; mostrando que os pequenos momentos são os de verdadeira  beleza, e esses abraçam-se, traçando a vida.

O livro começa assim:
'Recordar: Do latim re-cordis tornar a passar, pelo coração.'



As histórias que gostei foram: Celebração da voz humana/2;  A fome/2;  Mapa-múndi/1; Celebração de bodas da razão com o coração;Celebração das contradições/l;  A pálida; O sistema/1;  A televisão/2; As formigas; O baixo astral;  Outro músculo secreto. Leia O mundo e A casa das palavras que já foram postados.

A fome/2

'Um sistema de desvinculo: Boi sozinho se lambe melhor. O próximo, o outro, não e seu irmão, nem seu amante. O outro e um competidor, um inimigo, um obstáculo a ser vencido ou uma coisa a ser usada. O sistema, que não da de comer, tampouco da de amar: condena muitos a fome de pão e muitos mais a fome de abraços.'


Mapa-múndi/1

'O sistema:
Com uma das mãos rouba o que com a outra empresta.
Suas vitimas:
Quanto mais pagam, mais devem.
Quanto mais recebem, menos tem.
Quanto mais vendem, menos compram.'

A pálida

' No café da manha, minhas certezas servem-se de dúvidas. E tem dias em que me sinto estrangeiro em Montevidéu e em qualquer outra parte. Nesses dias, dias sem sol, noites sem lua, nenhum lugar e o meu lugar e não consigo me reconhecer em nada, em ninguém. As palavras não se parecem aquilo que dão nome, e não se parecem nem mesmo ao seu próprio som. Então não estou onde estou. Deixo meu corpo e saio, para longe, para lugar nenhum, e não quero estar com ninguém, nem mesmo comigo, e não tenho, nem quero ter, nome algum: então perco a vontade de me chamar ou de ser chamado.'


Uma das frases mais bonitas está na contracapa:

'Abra este livro com cuidado: ele é delicado e afiado como a própria vida. Pode afagar, pode cortar. Mas seja como for, como a própria vida, vale a pena.'


Bom, espero que tenham gostado da postagem; este é o primeiro de muitos que lerei do Galeano (assim espero). Até a próxima, abraços!

p.s : O livro dos abraços é Eduardo Galeano,270 páginas, Editora L&PM 

5 comentários:

Amanda Cristina disse... [Responder comentário]

Não conhecia o livro, mas parece ser bem bonitinho mesmo...
Mas já sou suspeita para falar porque adorei essa frase que você citou e que fica na contra-capa, rs

Já estou seguindo o blog! Me desculpa por não ter feito isso antes, mas é que sou leeeeeeerda e nem percebi! :x

Tenha um 2012 incrível: cheio de esperança e sonhos a ser realizados! =]
Beijinhos, Amanda Cristina.
www.primeiro-livro.com

Anônimo disse... [Responder comentário]

Não conhecia a história. Ninguém nunca havia falado sobre ele comigo e nunca havia lido nada sobre ele antes, mas parece ser interessante, rs.
Beijão

Mandy disse... [Responder comentário]

Não conhecia esse livro, mas até que parece ser legal.
Gostei da sua resenha amore!
BjO

Daniela Calcia disse... [Responder comentário]

Ler um livro do Galeano é sempre uma excelente pedida! Parabéns pela escolha e pela resenha!

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